Comecemos pelos os artistas, a expressão em forma humana: poetas demonstram todo o amor que sentem em versos; músicos e pintores usam suas ferramentas para se expressarem, sejam elas quadros e pincéis, guitarras ou clarinetes. De alguma forma, um quadro – para muitos sem sentido – com várias fortes pinceladas expressa a raiva do pintor, enquanto outro, pintado com mais cuidado e detalhes nos traz sensação de paz. E quanta diferença faz ouvir uma música num tom pesado a uma melodia mais trabalhada e calma. As coisas acontecem de forma tão natural, que os artistas nem se preocupam em passar seus sentimentos, mas, o que sentem reflete nos seus trabalhos. É claro que isso também acontece com “não-artistas”, exemplos disso estão no nosso dia-a-dia.

Sabe aquela história que a pessoa vai ao psicólogo e fala sem parar e o especialista não diz nada? O paciente não precisa de uma opinião, conselho, nem nada, ele só necessita falar. Quem não conhece uma pessoa que fala sem parar, e, mesmo quando ninguém está prestando atenção, a voz dela continua a sair? Às vezes, a necessidade de falar é maior do que a necessidade de ser ouvido. Por isso milhares de pessoas escrevem, desenham e fazem tantas coisas e não mostram para ninguém, guardam as coisas que fazem para si mesmas; esse pode até ser o objetivo de um diário. Embora o habitual conceito de se expressar seja o de transmitir uma mensagem à outra pessoa, existe uma “pseudo-expressão”, algo que se aproxima ao desabafo, algo que muitas vezes me motiva a escrever.
Falando, desenhando, sorrindo, colocando uma frase no nick do MSN, no perfil do orkut ou postando em 140 caracteres, você poderá botar pra fora o que você está sentindo; algumas vezes com a real intenção de atingir algum público ou alguém especial, outras, apenas porque o fato de liberar o que sua mente queria que saísse de lá pode fazer com que você se sinta melhor. Afinal de contas, como você tem se expressado?